Nessa volta à nossa terrinha começamos a ligar para os amigos e amigas para saber como andam as coisas e jogar conversa fora.
Em uma dessas ligações falei com uma amiga, funcionária concursada da PMAR que está de licença para tratamento de saúde. Nessa de perguntar como está a sua saúde e como anda o tratamento que está fazendo, ela me conta a seguinte estória:
Essa amiga, que vamos chamar de A, ligou nessa segunda-feira para marcar a perícia médica (ou junta médica, sei lá). Foi atendida pelo funcionário que se identificou como Cabral. O tal funcionário, de forma um tanto ríspida para uma pessoa que lida com pessoas afastadas do serviço por motivo de saúde, começou a questionar o tempo que essa amiga estava de licença. Sem que A tivesse perguntado, o tal do Cabral começou a dizer que ela deveria tomar cuidado, pois ao completar dois anos de licença, ela deveria voltar ao trabalho, ser readaptada em nova função ou se aposentar proporcionalmente ao tempo de serviço.
Minha amiga, sem entender nada, respondeu:
- Infelizmente eu não estou de licença porque quero. Não fiquei doente por opção.
Ela ficou um tanto assustada com essa pressão não-velada exercida pelo Cabral, que inclusive perguntou há quantos anos A era servidora da PMAR, sempre insistindo no "alerta" sobre o tempo em que ela estava afastada. Depois de muita conversa sem qualquer necessidade, o cidadão de forma grosseira, solicitou o telefone de contato da minha amiga. Após informar o número, a pergunta do servidor:
- O DDD é 21? (a minha amiga é moradora de Angra)
Coisas de nossa terra.
Um funcionário público pelo visto não pode ficar afastado em tratamento de saúde. Ele é suspeito até que prove o contrário. Principalmente se o DDD for 21.
Após o telefonema para A, mexi meus pauzinhos e descobri, fazendo questão de ligar para ela e passar a informação: o tal do Cabral é CC.
Ou seja, um servidor que entra pela "janela dos fundos", pela mãos sujas de um politiquinho qualquer querendo pressionar servidor concursado.
Disse essa amiga que vai protocolar reclamação junto à Secretaria de Recursos Humanos quanto ao tratamento recebido pelo tal cabidão. Dei o maior apoio, por que
QUEM NÃO SE CALA, NÃO CONSENTE!
Boa sorte à minha amiga, desejando melhoras de sua saúde.
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